O orçamento impositivo restaura o prestígio do Congresso.
Ouvi atentamente hoje discurso do Senador Cristóvam Buarque no qual ele
comentou a ação imperativa do Governo Federal quanto à administração do orçamento
da República.
Solidarizo-me à opinião dele e considero os cortes uma
quebra de autoridade do Poder Legislativo - que aprecia e vota a proposta
orçamentária, exerce a sua prerrogativa de oferecer emendas (chamadas
parlamentares) para garantir recursos federais aos seus estados e municípios.
O orçamento quando da sua execução sofre
contingenciamento do Governo e as dotações de origem parlamentar nem sempre são
empenhadas. Isso constitui uma capsil deminutio minima não só aos
parlamentares, mas ao Congresso Nacional.
Daí
porque desejo que o Congresso tenha brio e levante a cabeça para restaurar o
hoje lesado princípio da autonomia entre os Poderes, por meio do chamado
orçamento impositivo.
Assim, o Executivo ficaria obrigado a cumprir
integralmente as dotações consignadas pelos parlamentares. Se tiver de fazer
contingenciamento ou cortes ao orçamento, o faça nos capítulos que lhe são
próprios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário