Por
ser a inauguração do programa político eleitoral em segundo turno, veio-me a
curiosidade de assisti-lo. De início, causou-me espécie ouvir as manifestações
do candidato Delcídio do Amaral Gomes, por quem, reitero, tenho apreço pessoal
e boa convivência no Senado. Delas (declarações) me permito alguns reparos,
tais como quando afirma dos bilhões de reais que carreou para nosso Estado,
também em obras distribuídas por todo território sul-mato-grossense.
Realmente
não se pode negar a diligência, também seu prestígio no Palácio do Planalto,
para alavancar benefícios ao Estado. No entanto, ele há de reconhecer o intenso
trabalho de toda a bancada federal no mesmo sentido, sobretudo nesta
Legislatura – da qual sou testemunha.
As
presenças atuantes e prestigiosas do senador Waldemir Moka, enquanto lá esteve
a ex-senadora Marisa Serrano, do senador licenciado Antonio Russo, como dos
diligentes deputados Reinaldo Azambuja, Vander Loubet, atual coordenador, Luiz
Henrique Mandetta, Antônio Biffi, Geraldo Rezende, Fábio Trad, Marçal Filho,
Akira Otsubo e o hoje licenciado Edson Girotto constituíram-se na força motriz
para destinação dos recursos orçamentários e extra orçamentários. A
viabilização de recursos para o Estado é um trabalho coletivo, que envolve
inclusive vereadores, prefeitos e governadores. Esta é a cristalina
verdade!
Outra
declaração do eminente senador candidato também me causou surpresa ao profligar
que o PSDB, meu partido, deseja retirar de Mato Grosso do Sul, transferindo
para o estado de São Paulo, os recursos do ICMS oriundos da passagem pelo nosso
território do gás natural pelo gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol).
É
bom rememorar que essa foi uma realização do governo Fernando Henrique Cardoso.
Sinceramente, não posso aquilatar de onde surgiu na memória privilegiada do
prezado senador tal absurdo. Do tempo que estou no Senado, jamais ouvi na
tribuna ou fora dela protestos seus contra tal estranha intenção. Se tal
acontecesse, o PSDB de Mato Grosso do Sul, pela palavra do Reinaldo e da minha,
estaria integralmente solidário ao atento senador.
Até
o cidadão mais simples reconhece os exageros verbais, intencionais ou não, que
se cometem numa campanha eleitoral. Dai os cuidados, inteligência e sobriedade,
sobretudo dos que postulam cargos majoritários, que devem deles se acautelar
para não cometer destemperos ou deslizes, mesmo que estes sejam
transbordamentos do calor emocionante da disputa eleitoral.
Permita-me,
caro colega senador Delcídio, nada obstante a distância que nos separa pela
doutrina petista que você agasalha, mesmo reconhecendo que não é a sua,
sugerir-lhe ao que você é, como excelente parlamentar pelo nosso Estado,
servir-lhe sempre, razão por que nosso eleitorado, reconhecido como é, irá
mantê-lo no Senado da República nos próximos quatro anos.
Não
exagere Senador na dose de suas declarações eleitorais!
As
eleições passam, os nomes que a disputam são guardados na memória e as
instituições ficam.
*Ruben
Figueiró é Senador da República (PSDB/MS)