Orgulho-me em ser eleitor.
Eleitor desde a idade primaveril. Lembro-me de meu primeiro voto, em 1950:
Eduardo Gomes, para presidente; Fernando Correa da Costa, para governador. Já
no paraíso das saudades, lá se faz sessenta e quatro anos! Não sei de quantas
eleições participei nesse longo período, sei que votei em todas, inclusive nas consultas
plebiscitárias.
Nelas votei com a convicção de que cumpria um direito cívico,
não porque imposto, coagido pela lei draconiana, da multa e das restrições que ainda perduram. Dos votos que dei, creio
que em um deles errei talvez embevecido pelo ardor da campanha. Caí no logro,
como milhões de outros brasileiros. Confiei em Jânio Quadros, nosso conterrâneo
– o homem vassoura e com ela, conspurcada, varreu-se o próprio da presidência.
Que decepção!
No próximo dia 26, voltarei à presença da urna. Pela quinquagésima vez não sei; sei sim que meu voto se somará
ao de milhões de eleitores, todos convencidos de sua importância para dar um basta
aos que usufruíram, usufruem de mensalões, propinodutos, dinheiro na cueca,
Rosegates, tráfico de influências, indústria de sindicatos, Ongs de laranjas e, o mais danoso,
vergonhoso de todos, o Petrolão, filho adúltero de nossa não tão ingênua Petrobras.
Nosso voto há de ser um fanal a nos orientar para varrer da
administração pública esse processo lento das sonolentas realizações do governo
Dilma, onde permeia ainda triunfante a doutrina lulopetista. O lulopetismo,
aliás, parece imitar o nefasto Luiz XIV, o ambicioso rei de França, de que o
Estado é o PT. Dai afloram os males que estão fazendo a nervosa timoneira da
corrompida nau perder o rumo do equilíbrio e da sensatez.
Todo pleito eleitoral é importante pelo seu acendrado
conteúdo cívico. Percebo que estamos palmilhando sobre pedregulhos, pedras
pontiagudas afiadas pela felonia das mentiras permeadas pela calúnia, injúria e
difamação partidas dos já possuídos pela agonia da derrota. A grande maioria
dos cidadãos move-se pela crença inabalável de que o momento é de renovação de
valores. Sobram os recalcitrantes, toldados pelo medo ou pelo apego às benesses
do poder.
Mas o fato é que doze anos de lulopetismo tornaram-se
insuportáveis. A incompetência cansou. As podridões transbordaram. O Brasil está parando. O povo perdeu a
esperança. É preciso mudar!
Por tudo quanto há de repulsa no eleitor consciente, o voto
sadio será Aécio Neves, presidente, Reinaldo nosso governador! A esperança
vencerá o ódio.
*Senador PSDB/MS
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