Impressionou-me a maneira sensata e clara com que o
senador Delcídio do Amaral tratou de um tema - para alguns espinhoso - em
artigo publicado no Jornal Correio do Estado, no dia 10 de março. Sob a
epígrafe: “Fazer política é encontrar soluções”, ele fala da arte da política e
nega a politicagem.
Concordo
quando Delcídio diz que no processo eleitoral que se avizinha cabe ao cidadão
discernir entre o que é a repetição da velha fórmula do prometer e prometer, na
tentativa de vender “gato por lebre” em troca do voto, dos candidatos que
realmente estão preocupados em fazer a política no sentido lato do termo.
Sim,
estou falando daqueles que buscam tratar da política como ciência, como o veículo
de representação popular para garantir a melhoria da qualidade de vida de
todos. Daqueles que, bem intencionados, elaborarão propostas factíveis e
executarão ações cujo objetivo precípuo será o de desenvolver atividades de
excelência nas mais diversas áreas, como saúde, educação, segurança, habitação,
geração de emprego e renda, esta por meio de um estímulo efetivo à iniciativa
privada nos campos da agricultura, pecuária, indústria e comércio, sem os ônus
fiscais escorchantes que o setor tanto reclama.
O
senador Delcídio deixa claro que não importa a costura de alianças, a formação de
chapas e a articulação partidária, mas o que cada um tem a dizer e como, juntos
ou separados, podemos contribuir para o real desenvolvimento do nosso Mato
Grosso do Sul. Dessa forma, ele representa
uma manifestação pública de seus propósitos ao pleitear a primeira magistratura
do Estado.
Eu entendo que não se pode absolutamente negar os pontos
positivos do governo atual, que já demanda 7 anos e “pico”. Pode-se sim fazer
considerações a respeito do estilo de manifestação pública do atual dirigente
maior. Isso, porém, é questão de estilo e formação cultural, que entendo não se
pode condenar, até porque ninguém – e chamo atenção a mim mesmo – é oráculo da
verdade verdadeira.
Com a experiência de 60 anos de vida pública que tenho,
vejo que é chegado o momento de arejar a política em nosso Estado e incentivar
a participação conjunta das mais variadas correntes, acima do calor eleitoral.
O
cidadão, no seu momento da escolha de seus representantes, deve atentar-se para
o aspecto programático, para as intenções das vertentes partidárias, para a
busca bem intencionada do bem maior, que é, em última instância, a melhoria da
qualidade de vida e a promoção do desenvolvimento econômico e social do Mato
Grosso do Sul.
Por
conhecer de perto a atividade parlamentar intensa do senador Delcídio em favor
dos interesses maiores do Estado, presenciar seu inegável prestígio em meio à Administração
Federal e entre os seus pares na Câmara Alta, entendo que ele poderá - se
eleito governador - pôr efetivamente em prática os seus propósitos de abertura
para realizar uma ação política como disse em seu artigo “de essencial
reconciliação” entre todos os setores do povo e das comunidades expressivas das
áreas econômicas e sociais do Estado.
Acima de qualquer cor política ou partidária só tenho a
saudar a opinião do senador Delcídio. Ele fortalece a concepção de que há necessidade
de mudanças essenciais no jeito de administrar a coisa pública, num processo
normal de oxigenação da nossa ainda insipiente democracia.
*Ruben Figueiró é senador
pelo PSDB-MS
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