Eu não guardo esperança em
relação à decisão da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Pelos
precedentes, quando ela trata de questões políticas momentâneas, o aspecto
jurídico-constitucional não é levado em consideração pela maioria de seus
integrantes, de coturno governista. A tintura, portanto, será de tinta
agradável aos olhos do Palácio do Planalto. Isso ao arrepio da opinião pública,
que é favorável à apreciação tão somente da procedência ou não dos escândalos
que teriam ocorrido na Petrobras.
A aprovação da CPI mais ampla
levará a oposição a recorrer ao STF que, aliás, em outros casos de conteúdo idêntico,
têm rechaçado a tese defendida pelos governistas. Entendo que
judicializada a questão e com a decisão que se espera do Supremo, o
prestígio do Senado será abalado perante a opinião pública, o que não desejo.
As denúncias em relação aos
contratos do metrô e as do porto de Suape poderiam ser tratados em CPIs, porque
têm recursos federais envolvidos, mas nem por isso, eles têm conexão com os
fatos e efeitos ocorridos com a Petrobras. Se quiserem, mesmo com espírito de
revanche, os situacionistas têm o número suficiente para requerer CPI
específica para cada denúncia. Aí sim, com fatos determinados.
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