A
decisão da presidente Dilma, a mim, não causou surpresa. Isto porque tenho bem
avaliado o esforço do senador Delcídio junto à cúpula do seu partido para
convencê-lo da importância de um acordo político eleitoral com o PSDB em nosso
Estado, sempre resguardadas as nossas instâncias programáticas em nível
nacional.
Devo
dizer que tão logo assumi o mandato de senador, mantive três encontros, pelo
que me recordo, com o governador Puccinelli. Todos por minha iniciativa
objetivando restabelecer os acordos eleitorais anteriores ao pleito municipal
em Campo Grande, em 2012, e que tantos conflitos tiveram nossas legendas
PSDB-PMDB.
Sua
Excelência mostrou-se superior, só admitindo um acordo se o candidato a
governador – assinalo, não o que se apresenta hoje como pré-candidato – fosse
de sua legenda.
Eu
apresentara o nome do deputado Reinaldo Azambuja. Diante da posição enfática do
senhor governador e analisando o quadro político necessário para as eleições
deste ano, as lideranças do meu partido, especialmente os deputados Márcio
Monteiro, presidente do Diretório estadual, e Reinaldo Azambuja, a nossa maior
expressão política, ambos a convite do senador Delcídio Amaral, iniciaram
conversações, animados pela coincidência de propósitos para a implantação de
uma arejada liderança governamental que extirpasse os vícios, sobretudo da
prevalência de uma só voz autoritária que causa espécie e revolta de nossa
população.
A
essa tese, como liderado e por entender que a aliança com o senador Delcídio
para governador permitiria a construção de dois eixos de sustentação no meu
partido: primeiro, a possível manutenção da cadeira no Senado, que hoje ocupo,
ao PSDB, na figura de Reinaldo Azambuja, para dar continuidade a conquista
quando da eleição da senadora Marisa Serrano em 2006. O segundo eixo seria
aquele sobre o qual o PSDB participaria ativamente da administração estadual, o
que permitiria a condução de uma política firme aos compromissos da
socialdemocracia, na qual o cidadão e os meios tradicionais de nossa produção
econômica com a pecuária, agricultura, comércio e a nossa nascente indústria,
fossem foco primordial do governo de Delcídio.
Não
me arrependo de assim me ter conduzido. Devo esclarecer que todos os
procedimentos que foram tomados por Reinaldo, Márcio, nossos deputados
estaduais e demais lideranças, tiveram total conhecimento da comissão executiva
nacional do partido, isto por meu intermédio, e ela nunca nos negou sua
compreensão às tratativas então mantidas com o senador Delcídio.
Agora,
respondo ao fulcro da pergunta. Vamos à luta. Márcio e Reinaldo já tomaram
posições de vanguarda ouvindo as camadas diferentes da população, com o
Pensando MS. Agora vamos, ao lado de outros partidos que se alinhem ao nosso
pensamento sobre como governar o nosso Estado, vamos nos irmanar na campanha
eleitoral que já está nas ruas. Desses entendimentos, de minha parte, gostaria
que o candidato ao governo fosse Reinaldo Azambuja, pois o povo para tanto o
tem convocado.
O
senhor será candidato?
Não.
Não é minha intenção. Sinto-me extremamente confortado por estar prestando no
Senado serviço ao nosso Estado - o que tem me concedido elogios e incentivos.
Lembrando São Paulo, por mais de 60 anos “combati o bom combate”. É chegado o
momento para ceder o lugar aos mais jovens, princípio de renovação de valores
que sempre defendo para o exercício do múnus público. Mas asseguro, continuarei
na militância porque jamais abandonarei os ideais que trago desde a juventude.
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