No retorno dos trabalhos legislativos nesta terça-feira (28) ressaltei em discurso que a presidente reeleita deve reconhecer erros para enfrentar o próximo ano. O governo precisa ser aberto e transparente. 2015 será extremamente difícil do ponto de vista político e econômico. Atravessamos terríveis turbulências sociais. Além disso, há esqueleto nos armários, há a Operação Lava Jato, há escândalos submersos, há a própria “herança maldita” dos últimos dois anos.
O
povo não deu cheque em branco a Dilma. Ela precisa escutar, ouvir as novas
forças políticas, e criar consensos centrais para dar esperança ao povo
brasileiro. Não senti nas manifestações dela no domingo e ontem no Jornal
Nacional respeito às oposições. Continuei vendo a Dilma prepotente, carbonária,
sem clareza sobre o real significado do pleito eleitoral. Sua proposta de
reforma política seguida de plebiscito é inconsistente. Não podemos repetir a
fórmula de baixo crescimento e inflação alta, não podemos aceitar os
descalabros na Petrobrás, não podemos manter os equívocos da política
econômica. Temos que alterar as relações com as bases congressuais. Temos que
reduzir os ímpetos bolivarianistas nas relações com a imprensa e com as
oposições. O Governo deve tentar ouvir várias vezes o rugir das urnas e
compreender com absoluta clareza o papel e a importância das oposições a partir
de agora.
É
certo que o resultado das urnas fortalece a oposição. Tenho uma
trajetória política de 60 anos e nunca havia assistido a uma campanha eleitoral
tão sórdida, com tantas mentiras sendo propagadas com o objetivo exclusivo de
provocar o medo, o ódio e a divisão entre as pessoas. Aécio Neves agiu como
verdadeiro líder. Senti orgulho em tê-lo como candidato de União, das forças
convergentes de novas propostas para o País.
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