segunda-feira, 5 de maio de 2014

Comentário sobre veto da presidente Dilma à aliança PT – PSDB em MS

Após a decisão da presidente Dilma contra a aliança PT – PSDB em MS, qual é a sua avaliação para as eleições de 2014 em seu estado?

A decisão da presidente Dilma, a mim, não causou surpresa. Isto porque tenho bem avaliado o esforço do senador Delcídio junto à cúpula do seu partido para convencê-lo da importância de um acordo político eleitoral com o PSDB em nosso Estado, sempre resguardadas as nossas instâncias programáticas em nível nacional.

Devo dizer que tão logo assumi o mandato de senador, mantive três encontros, pelo que me recordo, com o governador Puccinelli. Todos por minha iniciativa objetivando restabelecer os acordos eleitorais anteriores ao pleito municipal em Campo Grande, em 2012, e que tantos conflitos tiveram nossas legendas PSDB-PMDB.

Sua Excelência mostrou-se  superior, só admitindo um acordo se o candidato a governador – assinalo, não o que se apresenta hoje como pré-candidato – fosse de sua legenda.

Eu apresentara o nome do deputado Reinaldo Azambuja. Diante da posição enfática do senhor governador e analisando o quadro político necessário para as eleições deste ano, as lideranças do meu partido, especialmente os deputados Márcio Monteiro, presidente do Diretório estadual, e Reinaldo Azambuja, a nossa maior expressão política, ambos a convite do senador Delcídio Amaral, iniciaram conversações, animados pela coincidência de propósitos para a implantação de uma arejada liderança governamental que extirpasse os vícios, sobretudo da prevalência de uma só voz autoritária que causa espécie e revolta de nossa população.

A essa tese, como liderado e por entender que a aliança com o senador Delcídio para governador permitiria a construção de dois eixos de sustentação no meu partido: primeiro, a possível manutenção da cadeira no Senado, que hoje ocupo, ao PSDB, na figura de Reinaldo Azambuja, para dar continuidade a conquista quando da eleição da senadora Marisa Serrano em 2006. O segundo eixo seria aquele sobre o qual o PSDB participaria ativamente da administração estadual, o que permitiria a condução de uma política firme aos compromissos da socialdemocracia, na qual o cidadão e os meios tradicionais de nossa produção econômica com a pecuária, agricultura, comércio e a nossa nascente indústria, fossem foco primordial do governo de Delcídio.

Não me arrependo de assim me ter conduzido. Devo esclarecer que todos os procedimentos que foram tomados por Reinaldo,  Márcio, nossos deputados estaduais e demais lideranças, tiveram total conhecimento da comissão executiva nacional do partido, isto por meu intermédio, e ela nunca nos negou sua compreensão às tratativas então mantidas com o senador Delcídio.

Agora, respondo ao fulcro da pergunta. Vamos à luta. Márcio e Reinaldo já tomaram posições de vanguarda ouvindo as camadas diferentes da população, com o Pensando MS. Agora vamos, ao lado de outros partidos que se alinhem ao nosso pensamento sobre como governar o nosso Estado, vamos nos irmanar na campanha eleitoral que já está nas ruas. Desses entendimentos, de minha parte, gostaria que o candidato ao governo fosse Reinaldo Azambuja, pois o povo para tanto o tem convocado.

O senhor será candidato?

Não. Não é minha intenção. Sinto-me extremamente confortado por estar prestando no Senado serviço ao nosso Estado - o que tem me concedido elogios e incentivos. Lembrando São Paulo, por mais de 60 anos “combati o bom combate”. É chegado o momento para ceder o lugar aos mais jovens, princípio de renovação de valores que sempre defendo para o exercício do múnus público. Mas asseguro, continuarei na militância porque jamais abandonarei os ideais que trago desde a juventude.

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